By Elias de Mello 
Em 2023 o filme Coyote vs. Acme foi cancelado pela Warner Bros. Discovery. O corte da produção, que levaria os Looney Tunes novamente aos cinemas e teria a presença de John Cena e Will Forte ao lado do icônico personagem, ocorreu em conjunto com o filme da Batgirl (que já estava 100% filmado e precisava passar pelo processo de pós-produção).
Já em 2025, a Ketchup Entertainment anunciou que comprou os direitos de distribuir o filme nos cinemas em todo o planeta. Isso não saiu nada barato, com seus custos sendo de aproximadamente US$ 50 milhões. Agora o longa-metragem está agendado para chegar no ano de 2026, mas ainda sem uma data prevista.
Com a mistura de CGI para os Looney Tunes e atores na parte live-action, em Coyote vs. Acme temos Wile E. Coyote decidindo processar a megacorporação por produtos defeituosos. A trama se passa em um tribunal, que mostra com muito humor o que está por trás do grupo empresarial. A direção é de Dave Green, com roteiro de James Gunn, Samy Burch e Jeremy Slater.
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O CEO da Ketchup Entertainment, Gareth West, celebra a aquisição dos direitos e afirma que fez isso pelos fãs. A proposta é trazer um conto moderno, mas cheio de nostalgia para o público.
“Estamos empolgados com o acordo feito com a Warner Bros. Pictures para levar o filme para todo o mundo. Coyote vs. Acme é uma mistura perfeita de nostalgia e escrita moderna, capturando a essência dos amados personagens Looney Tunes enquanto introduz eles para uma nova geração. Acreditamos que vai ressoar com os fãs de longa data e com novatos de forma bem próxima”, revela Gareth West.
A história é inspirada em um artigo bem-humorado de Ian Frazier, publicado em 1990 no New Yorker. Ele conta que, após vários fracassos em capturar o Papa-Léguas, Wile E. Coyote decide contratar um advogado para processar a Acme Corporation. O advogado será interpretado por Will Forte, enquanto John Cena é seu ex-patrão, que age de forma intimidadora.
O que deu errado no filme dos Looney Tunes?
A Warner Bros. Discovery passou por grandes mudanças com a fusão entre os dois grupos e cancelou diversos filmes e séries que estavam em produção ou poderiam oferecer riscos. O longa-metragem da Batgirl e dos Looney Tunes foram cortados desta forma, fazendo com que o estúdio economizasse US$ 30 milhões em taxas.
Um agravante é que Coyote vs. Acme teve testes muito bem-sucedidos entre o público selecionado. Ou seja, na opinião de alguns poucos que tiveram a sorte de ver o filme, ele seria um sucesso entre o público. No entanto, ele foi engavetado e mantido em sua geladeira por algum tempo.
Em 2024, a Warner Bros. tentou vendê-lo para outros estúdios. Porém, eles pediam o valor de US$ 70 milhões, cujo preço alegavam ser o que gastaram com os custos para produzir todo o material. No entanto, a proposta foi recusada pela Amazon, Netflix e Paramount, que sequer negociaram após saber o valor que cobraram. Com uma redução para US$ 50 milhões, no entanto, a Ketchup Entertainment se interessou e o projeto será lançado oficialmente.
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