By Elias de Mello 
Medidas impostas pelos Estados Unidos a dezenas de países causaram caos em bolsas de valores ao redor do mundo e trouxeram incerteza à economia global. As chamadas “tarifas de Trump”, em referência ao presidente americano Donald Trump, também podem impactar o setor espacial, tornando-o ainda mais caro.
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De acordo com o Space.com, empresas de exploração espacial de todos os portes – incluindo a NASA e a ESA (Agência Espacial Europeia) e gigantes privadas como SpaceX, Boieing e Airbus – já avaliam mudanças e planejam como responder. Os impactos não se limitam ao aumento de custos, mas também podem incluir interrupções nas cadeias de suprimentos e atrasos na tomada de decisões.
“As tarifas podem impactar a indústria aumentando o custo das peças de naves espaciais e antenas, e podem obrigar os fabricantes a escolher fornecedores diferentes”, disse Caleb Henry, diretor de pesquisa da Quilty Space ao site.
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Ainda de acordo com Henry, as tarifas de Trump podem especialmente prejudicar as empresas americanas, levando os clientes estrangeiros, que normalmente comprariam produtos dos Estados Unidos, a escolher outros fornecedores.
“Os Estados Unidos são o maior mercado espacial do mundo, então as tarifas o tornarão menos lucrativo”, disse.
“É uma situação em que todos perdem”, completa.
Assim como na fabricação de celulares e outros eletrônicos, as cadeias de suprimentos da indústria espacial estão interligadas para além de suas próprias fronteiras, com peças vindas de várias partes do mundo. Medidas de retaliação tomadas por países afetados pelas tarifas americanas podem piorar os custos.
A Space Development Agency, dos Estados Unidos, usa antenas do Canadá e sistemas de laser cross-links da Alemanha. O sucesso na resposta às mudanças provocadas pelas tarifas dependerá, em parte, do tamanho dessas agências e empresas espaciais.
“As empresas menores devem sentir o impacto das tarifas de forma mais intensa. Assim como aconteceu com as restrições na cadeia de suprimentos durante a COVID, as empresas maiores têm mais poder de negociação, encerrou o analista.
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